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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Carta à minha querida mãe: Hoje é sua formatura.

Parabéns!!!

Meus queridos e amados pais: Ivone e Leodir Fachini
Um dia de festa e alegria para toda nossa família.

Fico orgulhoso de poder contar para todos (em um espaço que o MUNDO pode ler) que tenho orgulho da minha mãe, que apesar dos empecilhos encontrados no caminho, não desistiu de estudar.

Queria estar em casa e poder participar desta festa. Queria te dar um abraço e desejar sucesso nas próximas etapas que vem pela frente: segundo grau, faculdade...

Mãe, você é um exemplo de vida. A melhor mãe do mundo. E olha que falo sério.

Lembro aqui do meu primeiro perfil que escrevi: DE VOLTA AOS BANCOS ESCOLARES, contando um pouco de sua trajetória no meu blog FalaGuri. Muitos amigos leram e enviaram parabéns. Com certeza você foi e é exemplo e inspiração para muitos estudantes, sejam eles crianças, jovens ou adultos.

Agora, deixo os parabéns por mais esta etapa vencida. Por mais este sonho alcançado.

E claro, não esqueço de comentar o estado de alegria que deve estar minha irmã Katiane, ao se formar junto com a mãe na 8 série... deve ser um momento especial. Eu ficaria honradíssimo no lugar dela. Que inveja!!!

Parabéns maninha pra você também.

Bom, agora deixo o discurso que você passou para seu colega de classe ler hoje a noite.
Ahh... parabens por concluir esta etapa dos estudos aos 48 aninhos, muito jovem ainda. Sempre é tempo, tempo de estudar.

Mensagem de Formatura


“Quando amamos e acreditamos do fundo de nossa alma em algo, nos sentimos mais fortes que o mundo, e somos tomados de uma serenidade que vem da certeza de que nada poderá vencer a nossa fé. Esta força estranha faz com que sempre tomemos a decisão certa, na hora exata e, assim, quando atingimos nossos objetivos, ficamos surpresos com nossa própria capacidade.
É assim que nos sentimos nesse momento: Vencedores.
Estudar aos 30, 40, 50... menos ou mais anos de vida, de experiência, não é fácil. Mas é compensador.
Compartilhamos dessa alegria com todos:
Com nossa família, sempre ao nosso lado;
Com nossos filhos, que nos ajudaram nos deveres de casa;
Com nossos amigos, que partilharam ideias;
Com nossos colegas de classe, agora, também amigos, que foram a base para vencermos as dificuldades juntos;
Com nossos professores, que nos auxiliaram e compartilharam de seus conhecimentos para nossa formação.
Agradecemos também a Deus, nosso grande guia e mestre.
E um recado que podemos deixar é de que “sempre é tempo para estudar”.
Amigos da turma: “foi o talento, a força de vontade e a persistência de cada um trouxeram vocês até aqui”.
Muito obrigado.
Parabéns! Felicidades e sucesso a todos!”

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Crônica sobre o tempo

Agora apenas o vídeo, depois o texto.
Ou seja, confira a crônica em vídeo, depois a crônica escrita (se é que dá para ser melhor que esse vídeo)


The Unseen Sea from Simon Christen on Vimeo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Aviso II – Tranque a porta senhora

Acontece comigo no ônibus...

Fones e música alta. Ônibus pára na garagem para abastecer, repor água, calibrar pneus... é prevenção. Mas é também essa é a palavra que uma senhora de 60 e poucos anos de estrada deveria usar.

Prevenção, prevenir, precaução...

Ao usar o banheiro do ônibus é necessário, além de fechar a porta, travar a fechadura. Um mecanismo simples, mas muito eficiente.

Fazer xixi, ou melhor, fazer qualquer coisa com o ônibus andando é complicado.

Pensando nisso, acredito eu, a senhorinha resolveu usar o banheiro naquele momento em que o ônibus estava parado. Facilitaria fazer o número um ou até mesmo o dois, se o fosse.

Levanto da minha tranquilidade para ir ao banheiro, pois antes de começar a pequena viagem de 20h eu já havia pensado em ir, mas acabou deixando par amais tarde.

Levanto. Caminho em direção ao banheiro. Luz de “ocupado” desligada e porta levemente encostada.

Puxo.

Abro.

Fecho.

Suspiro.

Não deveria ter feito isso.

Caramba!

Uma mulher agachada. Pior, uma senhorinha agachada. Nua. Com calças na canela e calcinha no joelho.

Um segundo.

Uma foto.

Um flash.

Um piscar de olhos e fechei a porta. Fechei o mais rápido do que abri.

Um reflexo.

Olhei para os lados e apenas um rapaz parece ter visto a cena, porém não mudou a expressão do rosto, o que me fez crer que apenas acordou com a batida da porta e voltou a dormir.

Já eu sentei. Havia dois lugares vagos e aproveitei para me recompor. Era preciso.

Aguardei uns instantes e a senhora saiu do banheiro. Convicta, não olhou para trás, mas deve ter procurado o abridor de portas de banheiro. Pior, eu era o único de camiseta amarela no ônibus.

Tomara que ela tenha ficado é amarela de susto, e esquecido da cor da minha camiseta.

Oras! Mas quem mandou não travar a porta?

O mecanismo é simples, como disse. Basta girar a trava. Uma trava apenas. Inclusive é essa mesma trava que liga a luz. Concluindo, assim, que além de fazer as necessidades com a porta aberta, ela estava no escuro. E graças a eu ter aberto a porta a luz ficou novamente acesa.

Por isso dois conselhos: trave a porta do banheiro, seja do ônibus, do avião, no trabalho, em casa, no churrasco... e, é claro, coloque em prática a palavrinha prevenção.

***Acontece comigo no ônibus. Em breve mais histórias

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Meu vizinho Maradona

Mi ermano. Maradona. Diego Maradona.

Brasil e Chile jogam na África do Sul. Aqui no Brasil, assisto a partida na minha telinha, aconchegado e tranquilo em meu apartamento.

Primeiro, telinha. Sim. É uma telinha mesmo. Nada de tela plana, alta definição... fico com minha velha e querida 20 polegadas. Com detalhe, assisto ao jogo pela Band. Não que ainda me incomode com o Galvão Bueno, já acostumei, mas os pitacos do Neto são imperdíveis. Aliás, a Band estava com o sinal melhor. É “Brasil no peito, e olho na Band”.

Segundo. No meu apartamento porque não gosto de ver uma partida como esta num bar. Nem em grandes aglomerados de patriotas de quatro em quatro anos. É muita gente gritando. Gente opinando. Falando abobrinha. Uns pedem Ganço, outros Nilmar e muitos, muitos outros Ronaldinho.

Vamos combinar e colocar um ponto, mas ponto final mesmo: Dunga já convocou. A lista já saiu. Os jogadores já estão em campo. Parem, parem de reclamar. Chegamos aonde chegamos, e é melhor aproveitar, e não ficar lamentando. afinal, a Copa está por terminar.

E ponto final. Um ponto, mas antes vale ressaltar que comentários daqueles que não entendem nada de futebol também irritam. Não é piada, mas vi alguém dizendo num tiro de meta: “chuta. Chuta. Faz gol”.

Um grande ponto final nisso.

E voltando ao ermano...

Sim. Sim. Meu vizinho Maradona.

Bom. Saio na sacada do meu apartamento para vibrar com segundo gol do Brasil. Eis que me deparo com ele. Baixinho. Barbudo. Ar de superioridade (estava no andar de cima, e só por isso). Cabeludo. Feio, muy feio.

Era o Maradona. Se eu não soubesse que o original está na África enamorado pelo Messi, seria capaz de confundir. Pois bem, era um sósia. Menos mal.

E mais: estava revoltado. Sim. Com as mãos na cabeça custava acreditar no segundo gol do Brasil e, ainda mais, nas vuvunzelas verde amarelas dos andares de cima, de baixo, do lado, da frente e do outro lado da rua.

É mi ermano. Mi vecino Maradona, a vida não é fácil. Especialmente para você.
Aliás, já comprei minha vuvunzela também.

E terminamos no ponto, ponto e ponto. Três pontos, pois com três gols vencemos os Chilenos.

Gol. Gol. Gol.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Crônica: Um copo de água, por favor

Um, dois, três... Acabaram os degraus.

Ufa. Enfim, cheguei.

To em casa depois de uma longa caminhada pelas ruas sob o sol forte.

Abro a porta e sigo pra cozinha.

Água. Sede. Água. Muita sede. Desesperado. Preciso de água.

Pego um copo e corro para o filtro.

Vazio.

Já sei! Geladeira.

Abro. Estou tremendo. É a sede. Procuro, mexo, remexo de um lado pro outro. Nada. Nada mesmo. A garrafa de água está vazia.

A torneira. Isso. Me resta a torneira. Pode ser essa água quente, mas eu quero. Eu preciso.

Sigo com meu copo vazio. As pernas já estão tremendo. Bambas. Bato o copo, quase quebro mas coloco debaixo da fonte da vida e abro a torneira.

Giro uma, duas, três voltas e... NADA!

Como assim. Como não tem água na torneira? Nem barulho faz.

Insisto.

A torneira travou, chegou ao limite. Fecho e abro uma, duas... cinco vezes e nada.

Olho em volta e nada pra beber. Nem mesmo um refrigerante, uma cervejinha, uma gota de água sequer.

Como não tem água? Tinha tanta água pelo caminho...

O porteiro estava regando as plantas com um jato de água.

A dona de casa de frente ao meu prédio conversava com a faxineira, do meu prédio, enquanto as duas jogavam água nas calçadas. Isso, uma de cada lado da rua com a mangueira a todo vapor, digo, a toda pressão para limpar o “pó” da calçada e... e não tem água na minha torneira?

Na esquina, o lava rápido ilegal lavava carros. Dois ou três na fila com uma mangueira jorrando água e... e como não tem água em minha casa?

Pelo caminho, ainda passei por uma ponte e o rio estava cheio d’água.

Uma água marrom, mas era água. Tinha alguns plásticos, copos, vidros, pet’s, pneus... mas era água e... e como minha torneira estava seca?

Tanta água, tanta sede... mas nada, nada de água. Nada de água na minha casa.

Os pensamentos estavam sumindo. As pernas já não ajudavam mais. Mas, quando estava quase entrando em desespero, uma luz.

Já sei. A vizinha. Sim, isso mesmo. A vizinha deve ter água, afinal, ela já me emprestou uma xícara de açúcar para o café.

Uma xícara, vizinha, por favor, uma xícara?

De açúcar?

Não. De água.

...

Glut. Gluut. Gluut. Obrigado.