Seja bem-vindo ao FalaGuri. Boa leitura amigo internauta. Hoje é

domingo, 3 de julho de 2011

Brinquedos quebrados

- Troca esse prêmio, tio?!
- Como?
- Troca este.
- Porque trocar?
- Por que tá quebrado.

***

QUEBRADO.
Como poderia estar quebrado? Era uma doação. Mas sim. O brinquedo que fez os negros olhos da pequena menina brilharem, foi o mesmo que a fez buscar os braços da mãe e procurar por carinho, aconchego... por amparo.
No jogo da “boca do palhaço”, que consiste na criança jogar uma bola feita de meia e areia dentro da boca do boneco e, a cada acerto, ganhar uma “prenda”, as fichas custavam apenas R$ 0,20. O objetivo era que todos pudessem brincar, jogar, sorrir e ganhar prêmios.
As “prendas” dos jogos da “pesca”, “argolas” e “boca do palhaço” foram todas doações.
Doações que eu diria feitas de coração, mas um coração que não pensa no próximo. Alguns carrinhos sem rodas, bonecas sem um braço, barquinhos sujos... Desculpe, mas toda doação precisa ser pensada e obrigatoriamente deve ser feita com o objetivo de ajudar aqueles que vão receber a doação, e não se livrar das “traias velhas” de casa.
Pense: eu daria este brinquedo para meu filho?
Não dá pra responder esta pergunta? Então, sugiro que você embrulhe o brinquedo, coloque um lindo laço e presenteie seu filho. Sim, dê o presente e veja a cara do seu filho. Veja a reação dele. Se ele não gostar, porque outras crianças precisam gostar? Só porque elas não tem nada? Só porque elas não tem a possibilidade de comprar um novo?
NÃO!
Elas não são obrigadas a gostar e nem a ficar com estes brinquedos pela metade.
Digo isso porque ao ver essa menina de uns três aninhos pedindo para trocar o brinquedo, porque estava quebrado, fiquei com vergonha. Não fui eu que doei a boneca num andador sem rodas. Mas quando entreguei o prêmio por ela ter acertado uma bolinha na Boca do Palhaço, confesso que me senti culpado.
Culpado por ter levado esta menina do céu ao inferno, e sem trocadilhos, em um gesto: entregar nas mãos da pequena um brinquedo “pela metade”.
Escrevo esta pequena “partícula” de uma vivencia para convidar a todos meus amigos do blog FalaGuri a pensarem em "que tipo de doações eu faço?" e, a fazerem a experiência do trabalho voluntário. Quem já fez, pode repetir; quem nunca fez, garanto que está perdendo um grande aprendizado.
A festa foi ótima. As crianças comeram doces, salgados e beberam refri à vontade. Ganharam presentes e pequenas prendas nos jogos e sorteios.
Escolhi falar dos brinquedos quebrados por ter sido uma experiência muito significativa. Mas outras tantas o foram: ver crianças sorrindo por ganharem um presente tão simples como o boneco que é dado na compra de um lanche no Mac ou um carrinho do tamanho de uma tampa de garrafa.

***A festa foi em Campinas, mas melhor não divulgar o bairro e o local. (A pedidos) Acho justo.

- - estou lá no twitter @FalaGuri

quarta-feira, 15 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Livro Generación JMJ – experiência de fé e vida

É o manual do peregrino.Tira as principais dúvidas. Oferece práticas orientações sobre a JMJ. Ilumina a mente com testemunhos de uma experiência transformadora da Fé.O livro “Generación JMJ – 25 años de lãs JMJ – 25 historias persoanles” recebi de presente antecipando a JMJ, que será realizada em agosto, em Madrid, capital da Espanha.
Na primeira parte do livro, uma apresentação geral com 10 perguntas sobre a JMJ:

¿O que é? ¿Quem convoca? ¿De quem é a idéia da JMJ? ¿Quando começaram? ¿Quem acolhe? ¿Como é organizada? ¿O que se faz em uma JMJ? ¿Para que serve? ¿Como são financiadas? ¿Onde foram celebradas?

Um pequeno manual, como disse.
Perguntas básicas para todos atuais e futuros peregrinos da Jornada Mundial da Juventude.
Em seguida, o livro fala das 10 cidades que ficaram na história da JMJ. São elas:

Buenos Aires (Argentina): “Hemos conocido y hemos creido em el amor que Dios nos tiene” (1 Jn 4, 16);

Santiago de Compostela (España): “Yo soy el Camino, la Verdade y la Vida” (Jn 14,6);

Czestochowa (Polonia): “Habeis recebido um espiritu de hijos” (Rm 8,15);

Denver (USA): “Yo he venido para que tengan vida y la tengan em abundancia” (Jn 10,10);

Manila (Filipinas): “Como El Padre me envio, también yo os envio” (Jn 20,21);

París (Francia): “Maestro ?dónde vives? Venid y vereis” (Jn 1, 38-39);

Roma (Italia): “La Palabra se hizo carne y habitó entre nosotros” (Jn 1,14);

Toronto (Canadá): “Vosotros sois La sal de La tierra… Vosotros sois La luz Del mundo” (Mt 5, 13-14);

Colonia (Alemania): “Hemos venido a adorarle” (Mt 2,2);

Sydney (Australia): “Recibiréis La fuerza Del Espiritu Santo y sereis mis testigos” (Hch 1,8);

Madrid - e esta vou incluir na lista por minha conta-, como 11º cidade a entrar na História das Jornadas.

A principal parte do livro – e melhor – são as histórias de 25 jovens, ou mais, pois tem alguns casais que se “descobriram” na JMJ.
Todos relatam uma experiência de Fé, de encontro com Deus que os fez mudar o sentido da vida. Encontrar a profissão certa; o amor da vida; e até mesmo o chamado à vocação religiosa. Muitos largaram tudo, emprego, estudos e enfrentaram a família para aceitar o chamado de João Paulo II a ser santo: “no tengáis miedo de ser los santos Del tercer milênio”.
Um brasileiro faz parte desses perfis. O capítulo intitulado “Brasil: de médico de corpos a médico de almas” conta a história do jovem Tiago Gurgel do Vale, 39 anos, seminarista da Diocese de São Paulo.
O jovem Tiago encontrou na Jornada Mundial da Juventude, em 2005, o sentido para uma vida de muitos amores e paixões, de uma luta pela conquista do diploma e, de uma vida regrada para o sucesso profissional e material. Descobriu Deus na Jornada da Colonia, com o Papa Benedicto XVI.
Muitos são os momentos que marcaram o jovem Tiago, mas ele destaca uma passagem do Santo Padre:
“Os invito a que os esforceis estos días por servir sin reservas a Cristo, cueste lo que cueste. El encuentro com jesuscristo os permitirá gustar interiormente La alegria de su presencia viva e vivificante, para testimoniarla después em vuestro entorno”
Resumir uma história de encontro com Deus em cinco ou seis linhas é impossível. Não podemos transmitir as emoções e a personalidade de um jovem como Tiago. Por isso, fica o convite para ler o livro “Generación JMJ – 25 años de lãs JMJ – 25 historias persoanles”.
Eu já li e indico como preparação indispensável para uma boa vivencia da JMJ. Até mesmo, para uma melhor compreensão da Jornada, pois vai encontrar jovens decididos de sua fé e, outros, que sonham em encontrar o sentido da vida num grande amor ainda desconhecido.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Kit JMJ Madri 2011


Adicionar legenda
Amigos, amigos… que alegria!!!Chegou meu kit JMJ… camiseta, boné, “pin”, capa para notebook, “botelha”…Eu comemoro a chegada do meu material, mas compartilho que chegou o Kit JMJ para os leitores do JMJCampinas!
Isso mesmo!!!
Um kit completo com camisetas, bonés, gorros, blusa, botelhas… todos materiais exclusivos da loja oficial da Jornada Mundial da Juventude.
Como participar dos sorteios?
É muito fácil. Basta enviar sua ficha de peregrino e se cadastrar no site ou então participar com comentários e divulgar pelo Twitter nossas matérias.
O primeiro sorteio está chegando. Quem será o premiado?
Fique ligado no site.
Logo divulgaremos nossos primeiros premiados com os itens da loja oficial da Jornada.

***Mais em www.jmjcampinas.org.br ou aqui.

JMJ é destaque na Revista A Tribuna

"De mochila nas costas, é hora de alçar voos para a Jornada Mundial da Juventude"

De Fabiano Fachini – Jornalista da Asscom - texto publicado na revista A Tribuna – edição de Maio 2011.

Jovens amigos. É hora de começar a nossa Jornada. Bora colocar a mochila nas costas e partir para a Jornada Mundial da Juventude, em Madri, capital da Espanha.
Vamos experimentar a diversidade de carismas na unidade da fé em Cristo. Queremos juntos crescer e incentivar os jovens ao diálogo dentro da Igreja e com outras realidades também, assim como sonhou João Paulo II, Padroeiro da Jornada.
De Campinas a Madrid, vamos viajar 8351 quilômetros de carro, ônibus, avião e caminhada.
Entre 16 e 21 de agosto, durante o verão europeu, numa estação seca e de temperaturas que podem superar 35°C., estaremos, como diz o tema da JMJ, “Enraizados e fundados em Cristo, firmes na fé” (Col 2,7).
Acompanhe aqui, na Tribuna, os preparativos dos jovens de Campinas narrados pelo jornalista viajante, Fabiano Fachini, com muitas histórias, expectativas e testemunhos de fé.
“A esperança de um mundo melhor está numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e para o próximo” (João Paulo II).
Texto publicado na revista na edição de maio da revista A Tribuna, órgão Oficial da Arquidiocese de Campinas. A capa da Revista destacou a Beatificação de João Paulo II. Na próxima edição, alguns jovens vão falar das suas expectativas para a JMJ.

*** Mais no www.jmjcampinas.org.br

terça-feira, 10 de maio de 2011

Conto: Jabuticabeira

Uma delícia. Saborosa. Doce. Um cheirinho de deixar qualquer um com água na boca. Foi a primeira fruta do pé de jabuticaba que produziu pela primeira vez. Fazia quinze anos que meu avô a plantara. Coincidência ou não, há quinze anos eu nasci.
            Essa fruta foi presente de meu avô. Ele a trouxe à mão. Mão calejada de uma vida dedicada aos trabalhos da roça. De uma humildade que só quem o conhece a compreende.
            Com a mão esquerda pegou à minha direita, com a outra, deixou rolar a jabuticaba suavemente – mesmo com calos que dedos me faltam para contar – na minha mão.
            - “É fruto de quinze anos de cuidado”.
            Uma frase que resumiu tudo. Que fazia pensar.
            Aquilo não era apenas uma jabuticaba. Trazia ensinamentos. Sim, olhos molhados eram os meus. Um simbolismo a faltar ciência para explicar.
            Toda família reunida disfarçava, por força da timidez, algumas lágrimas que corriam pelo rosto marcado pela alegria do encontro familiar.
            Nem medo, nem egoísmo. Mas desapego. Meu avô dedicara anos de cuidado, paciência e carinho para com aquela jabuticabeira que parecia não querer frutificar. Mas, no tempo certo, floriu pela primeira vez e deu frutos.
            Uma voz do fundo da sala veio como que cortar o silêncio:
            - Todo esse tempo você esperou ela dar fruto vô!?
            Sabedoria. Esta que só as pessoas com humildade e experiência de vida podem ter, respondeu:
            - Se eu tivesse medo de esperar e ficasse desacreditado que ela pudesse florir e dar frutos, talvez não tivesse esta fruta para saborear. Tudo e todos têm seu tempo de florir, de dar furtos. Oxalá descobrissem isso quando jovens.

(conto escrito a partir de uma reflexão de um quadro-mural, que falava sobre jabuticabas. A imagem é meramente ilustrativa, do google)

domingo, 8 de maio de 2011

Carta de Dias das Mães

Hoje, domingo, dia 08 de maio de 2011, eu queria estar com minha mãe... lá em Santa Catarina.

Queria dar um abraço.
Um beijo.
E dizer “eu te amo”.

Sim mãe, EU TE AMO porque deu a vida para este seu filho.
É a luz e a união da nossa família.
É amor.
É paz.
É vida.
Vida gerada em teu ventre.

Lembrei de uma música, que tem uma letra linda para homenagear as mães.
Com meus amigos no colegial, 6ª série (se não me engano) apresentamos ela às mães na Igreja.
É de um cantor que quando pequeno ouvia lá na porta de casa, enquanto você cantava fazendo os trabalhos de dona de casa.

A música é Mãe, com Amado Batista. Lembra da Letra?

"Mãe, tu és a conselheira dos meus passos.
A mais digna mulher dos meus abraços.
A dona do mais puro beijo meu.
Mãe, tu és o meu prazer na vida ou morte,
Pois me ensinaste a ter um braço forte,
E a construir a imagem do meu eu.
Mãe, tu tens em tuas mãos toda virtude.
Pois entregaste a tua juventude,
Pelo prazer de ter nome de mãe.
E eu, usei todas as palavras que disponho,
Mas na maior frase que a ti componho,
Existe algo ainda por dizer.
Mãe, tu és para a poesia uma meta.
A musa inspiradora de um poeta,
Que descobriu a fonte do amor.
Mãe, em ti eu vejo tudo que há em mim,
Por isso eu te digo que és enfim,
A imagem mais perfeita do que sou.
Mãe tu tens em tuas mãos uma virtude.
Pois entregaste a tua juventude,
Pelo prazer de ter nome de mãe.
E eu, usei todas as palavras que disponho,
Mas na maior frase que a ti componho.
Existe algo ainda por dizer"

Depois dessa letra, só poderia deixar a canção de seu eterno e amado ídolo, o Rei Roberto Carlos: Lady Laura.



Feliz Dias das Mães, mãe.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Horas rápidas & Horas lentas

Já?
Já acabou o dia?
Algumas vezes quando nos damos conta o dia acabou.
Faltam horas.
Faltam minutos.
Não sobram nem segundos!
Parece que tudo corre, todos correm.
E o tempo não fica para trás, quer dizer, nos deixa para trás.
Porém, alguns momentos do dia o tempo pára!
Stop!!!
Sim, incrível não?
Reclamamos da falta de tempo:
“se tivesse uma hora a mais o dia eu daria conta”...
Pois bem, veja só como o tempo demora a passar quando mais queremos que ele corra:
  • dentro do elevador - em dobro de demora se você tiver apertado pra usar o banheiro;
  • para receber um aumento;
  • na presença de uma pessoa chata, sabe aquele chato da empresa? Com ele(a) o tempo não passa;
  • no consultório do dentista, aguardando ser chamado;
  • momentos embaraçosos: uma frase mal colocada, uma mulher encantadora, a pessoa especial...;
  • 11h47 à espera de sair pro almoço e não conseguir encerrar o trabalho;
  • 16h45 à sexta-feira;
  • segunda-feira no trabalho. Qualquer horário!;
  • Na fila do banco;

As maravilhas do mundo e da vida

Imagens, som, mundo, viagem, paz... tudo e nada.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Evangelho segundo o twitter

Aos amigos loucos pela nova tecnologia e conectados ao mundo das redes sociais e micro blogs... esse vídeo é ótimo.
Criatividade, fé e emoção

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O que nos reserva a JMJ?

Um encontro de jovens do mundo inteiro deve ter um sabor especial. Tantas línguas, raças, culturas, costumes, jeitos e trejeitos, estilos, cores, sabores e amores.
A grande maioria em busca da fé, de um encontro “personal con Dios”, outros tantos na expectativa de descobrir o que realmente querem ou, até mesmo, em busca de um grande amor, de uma festa, de um passeio turístico.
Ao ler “Generación JMJ – 25 años de lãs JMJ – 25 historias personales” aprendi que todos os jovens tem seu espaço na Jornada. Desde os que já descobriram o sentido da vida, o chamado e a missão que lhe foi confiada, até aqueles que estão á procura.
Procura talvez seja a palavra ideal.
Procura de Deus; procura de ; procura da verdade; procura do sentido da vida; procura de um amor; procura dedescobrir (-se); procura de si mesmo.
Procurar… talvez seja essa uma das tantas oportunidades que a JMJ nos reserva. Procurar o verdadeiro sentido de nossas vidas. Descobrir nosso caminho.
Alguns dos jovens descreveram, no testemunho publicado no livro citado acima, que estavam desacreditados e desorientados quanto ao futuro de suas vidas. Muitos foram para a JMJ a convite de amigos, até mesmo para realizar ossonhos de uma avó – se mais jovem gostaria de estar na Jornada.
E assim, a partir de uma proposta vinda de fora, reconheceram a experiência de Deus em suas vidas ao se darem conta do amor divino expresso nos rostos e olhares das centenas de milhares de jovens presentes na vigília, nos encontros culturais e, principalmente, na emoção de encontrar um homem santo em vida.
As palavras do Papa envoltas da multidão de jovens sedentos da “procura de se descobrir” realizou a transformação em suas vidas.
O que nos reserva a JMJ de 2011 em Madrid?
Talvez seja descobrir o sentido da fé, seja reencontrar ou assumir Deus em nossas vidas.
Assumir o amor divino e, como disse o Santo Padre o Papa João Paulo II:
“no tengáis miedo de ser los santos del tercer milênio”

Mais no www.jmjcampinas.org.br

domingo, 1 de maio de 2011

Baú de Histórias - Por um descanso perpétuo

Por um descanso perpétuo
A cripta da arquidiocese de Campinas e seus leitos de homens santos

Por Fabiano Fachini - publicada na Revista A Tribuna
Vista geral da Cripta na Catedral de Campinas

Fruto da luta de um homem santo, a cripta da Catedral Nossa Senhora da Conceição, de Campinas, foi criada em 1923. Dom Francisco de Campos Barreto dedicou suas forças na batalha da construção desse espaço dedicado ao legado histórico de grandes homens da Igreja.
Na época, Dom Barreto precisou de muitos esforços e da confiança nas orações para por em prática o projeto da construção da cripta. Os recursos à disposição eram limitados. Muitos fazendeiros e pessoas de poder da época eram contra o bispo, pois acreditavam que a construção da cripta descaracterizaria o projeto original da catedral. No entanto, a realização da cripta era muito mais do que uma obrigação a toda e qualquer catedral, era um sonho.
Com dedicação, a cripta saiu do papel e virou realidade em 01/02/1923. Construída com mármore carara, vindo da Itália, foi projetada com três metros de largura por oito de comprimento e três de altura.
Quem visita pela primeira vez a catedral, ou mesmo quem freqüenta diariamente o templo, não conhece a localização da cripta. Muitas vezes, o monumento dessas proporções passa despercebido pelos fiéis.
No altar da catedral, logo atrás da mesa da comunhão, está uma escada de 13 degraus que vai para o subsolo. As escadas estão cobertas por tábuas de madeira, aproximadamente 15 delas, que completam o piso da capela-mór e estão cobertas por um tapete vermelho. Imperceptível, quando fechada.
No interior da cripta, à esquerda de quem entra, vê-se nove carneiras destinadas aos restos mortais dos bispos. Destas, seis já estão ocupadas. As tampas das carneiras, pedras inteiriças de mármore, possuem pegadores reforçados de metal, que permitem a sua remoção nas ocasiões de enterramento. Em cada uma delas, está gravado em traço forte o nome do bispo e outras informações do homem ali sepultado.
A cripta é bem iluminada. Há também entradas de ar, o que deixa o ambiente bem arejado e ventilado.
Para quem entra na cripta, ainda de frente, há um pequeno altar, erguido sobre dois degraus, que completa a decoração.
O idealizador da cripta, Dom Francisco de Campos Barreto, tem seu restos mortais na Casa de Nossa Senhora. Na carneira da cripta, está a urna utilizada para transportar, na época, o corpo de Dom Barreto até a Casa de Nossa Senhora, onde recebe homenagem das Irmãs Missionárias, congregação da qual é fundador.
Agora, descansam em um sono eterno, na cripta, os homens de fé e ideais religiosos que nasceram ou foram bispos na Arquidiocese de Campinas. Quem visitar a cripta vai encontrar os seguintes nomes gravados nas pedras de mármore que guardam os históricos corpos desses grandes homens:
D. João Batsta Correa Nery (1863-1920) * (spiritus domini ductor – O espírito do Senhor é o condutor);
D. Joaquim José vieira (1836-1917) * (volutatem tuam – Ensina-me a fazer tua vontade);
D. Francisco de campos Barreto (1877-1941)* (dominus regit me – O senhor é meu condutor);
D. Joaquim Mamede da Silva Leite (1876-1947)* (omnia in charitate fiant – Que todas as coisa sejam feitas no amor);
D. Paulo de Tarso Campos (1895-1958)* (omnia in cristo – Todas as coisas em Cristo)
D. Antônio Maria Alves de Siqueira (1906-1993)* (in fide et lenitate – Na fé e na bondade).

sábado, 30 de abril de 2011

“Aprite le porte a Cristo” - Abrir as portas a Cristo

Minha singela homenagem a este Homem de Deus, Homem Santo, Santo Padre João Paulo II.


“Aprite le porte a Cristo” (Abrir as portas a Cristo), composto por Mons. Marco Frisina para a Beatificação do Servo de Deus João Paulo II que acontecerá em Roma no dia 1º de Maio de 2011.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Apresentação “Diário de Bordo – JMJ”

É pessoal... vou ter a oportunidade de viajar para Madri, capital da Espanha.
Será no mês de agosto, entre 16 e 21.



Vou participar da Jornada Mundial da Juventude, como peregrino – o que será uma grande experiência de – e como jornalista – representante do Setor de Comunicação da Arquidiocese de Campinas.


Realizar esta cobertura jornalística será uma grande experiência de crescimento pessoal, espiritual, profissional e cultural.


Aqui no meu primeiro e eterno blog FalaGuri vou publicar o material pessoal, bem pessoal, mais do que no “Diário de Bordo” do site da JMJ Campinas. Serão fotos, dicas, curiosidades, expectativas, frases, pensamentos, emoções, medos... tudo que a preparação, a vivência e a volta da JMJ proporcionarem a este jovem sonhador.


Convido meus amigos internautas a acessarem o Diário de Bordo JMJ no site JMJ Campinas, e deixarem seus recados.


Aqui vou publicar todo material oficial também.


Bem vindos ao “Diário de Bordo FalaGuri - JMJ

Diário de Bordo – Sejam Bem Vindos

Diário de Bordo – Sejam Bem Vindos

sábado, 23 de abril de 2011

Lembranças de uma longa viagem de ônibus

Prestes a completar 14 anos de vida saí de casa para estudar.

Por três anos morei em Caxias do Sul – RS até completar o segundo grau. Em 2005 passei pelo dilema de voltar para casa, e a vontade era muito forte, ou então dar mais um passo além e ir para Campinas – SP, cursar Jornalismo na PUC Campinas.

Hoje, 2011, já atuo na área de minha profissão, com meu diploma conquistado em 2008, numa despedida da faculdade considerada memorável. Boas notas; muito aprendizado; conhecimentos adquiridos; um TCC nota 10 e premiado; algumas outras premiações na faculdade e no Jornal Estadão; bons amigos e boas recordações.

Mas não estou escrevendo para falar de meus estudos ou profissão ou da Pós que fiz logo ao sair da faculdade.

Estou escrevendo dentro de um ônibus. Isso, num ônibus que embarquei há 18 horas para viajar de Campinas – SP minha atual cidade, até a casa de meus pais, em SC, na cidade de Caxambu do Sul.

O ônibus é uma finte de inspiração para mim. Já pensei em um dia contar todas as histórias que me aconteceram dentro de um ônibus. Seria um tanto quando emocionante, se falar das primeiras viagens, cômicas de outras e até românticas. Ou então, passar uma viagem toda escrevendo, sem parar. Seriam 18 ou 20 horas de viagem e muitas palavras.

O que me impede? Não sei, como todo aspirante a escritor sou muito critico com minhas palavras.
Já escrevi tantos textos e os calei na gaveta de um armário do quarto numa caixa de recordações escolares, lá onde guardamos cadernos com nossas primeiras letras de fôrma, frases, contas, poemas... nome do primeiro amor, cartinhas e recados... saudades.

Escrevo porque meu note ainda tem bateria e porque as paisagens, mesmo conhecidas de muitas outras viagens, merecem ser descritas. Afinal, são minhas companhias desde 2002, 9 anos que viajamos juntos.
Estas paisagens de SP até SC ou de SC a SP tornaram-se parte de minha vida em 2005, quando me tornei filho da PUC. Desde então viajo duas, três ou quatro vezes no ano. Numa conta rápida foram em média 21 viagens que duraram entre 18 e 21 horas.

Prefiro não saber o resultado dessa conta!

Mas tudo vale à pena. Rever a família, já que não posso seguir minha carreira escolhida em meu Estado - não considero as melhores condições de trabalho e, além disso, das cidades que venho jornalista só mesmo é o Willian e Fátima.

Então, lá vou eu tentar minha vida fora de casa e na expectativa de um dia ainda voltar para minhas origens. Quem sabe no futuro, daqui alguns anos...

Mas se precisar parar de fazer estas viagens vou sentir falta. O pior que é verdade. Ás 20 horas desta viagem, por exemplo... as histórias não foram das melhores, a não ser as 3h de atraso. As pessoas desta viagem são tranquilas. A mais animada é uma menina, de uns três aninhos. Cantou, dançou, pulou no banco até cansar. Apagou de madrugada, mas acordou animada logo cedo. Menina que despertou sorrisos no rosto de uma freira que viajava compenetrada em sua leitura.

Mas minhas velhas companhias, as paisagens, continuam lindas. Dessa vez, os campos estão amarelos. A colheita do milho e da soja deixou os campos limpos. Ainda tem as pastagens. Nesta época pré-inverno elas estão verdes e fortes em algumas regiões. Outras estão levemente sacas, pela falta ou excesso da chuva.

Tem os rios, limpos e envoltos de uma verde mata.

Mas o que sempre me chama a atenção são as imponentes e soberanas araucárias. Os “pinheiros”, como também são chamados. No sul, são abundantes. Sobressaem mesmo cercados por outras vegetações. Suas copas são vistas de longe, atingem entre 20 e 50 metros de altura.

Quando criança, morava no interior com minha família... meus avós, primos, tios moravam nas redondezas. No interior de Xaxim, numa comunidade chamada Linha Santa Lúcia, em homenagem a santa dos olhos, pode-se comparar a uma chácara (do estado de SP, mas das bem retiradas), cresci vendo essas araucárias que, uma vez por ano, nos presenteavam com o pinhão, um fruto delicioso, saboroso e saudável. Pode ser cozido na água, assado na chapa do fogão a lenha ou então assado no campo, numa fogueira com grimpas de pinheiro. Tem para todos os gostos.
grimpas

Lembro que de manhã, ainda com orvalho, quando não um frio de geada branca pelos campos, colocava um par de botas dos meus avós e saia pelo campo em busca de colher pinhões pelo chão do potreiro. Os pinhões, frutos que caem das pinhas, lá do alto das copas das Araucárias fêmeas, ficavam entre o gramado que crescia aos pés das soberanas araucárias, como que não apenas para alimentar o gado, mas para amaciar a queda dos frutos.

Era uma brincadeira colher os frutos logo cedo, em um balde ou sacolinha (sacola plástica de mercado).
Nunca subi em uma araucária, até o topo. Primeiro porque são espinhentas e sua casca machuca. Segundo porque eram sempre meus tios os mais fortes quando eu era criança e, então, ficavam eles encarregados de subir e derrubar as “bolas” ou pinhas. A mim restava recolher do chão e torcer para que alguma ficasse inteira para poder quebrá-la contra uma pedra. Terceiro porque ainda gurizinho cai de uma árvore e quebrei o braço. Não quero outro gesso para coçar e não poder tirar!

Hoje apenas aprecio estas árvores tão belas. Quem sabe são elas, e ainda estou por descobrir, que me impulsionam a crescer cada vez mais, mesmo envolto de muitas outras pessoas, sempre buscando meu espaço para, um dia, também chegar ao topo.

***
OBS: para esclarecer, a viagem teve início dia 14 de abril, às 16h15. O ônibus da Reunidas (uma das empresas que mais desrespeita seus “clientes”) partiu com sentido a Santa Catarina. Cheguei na cidade de Chapecó dia 15 de abril, às 13h. Ou seja, quase um dia de viagem devido aos atrasos do motorista, as paradas desnecessárias, por fazerem com o mesmo ônibus duas linhas ao mesmo tempo - Piracicaba p/ Frederico Vespali e São Paulo p/ Frederico Vespali. A... sem contar que os ônibus da Reunidas estão em péssimas condições: bancos desconfortáveis, água gelada não existe e as TVs estão apenas para enfeite. Queria saber se estes itens estão inclusos no valor da passagem...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Vida Maria - curta-metragem

Maria José, doce menina de 5 anos, é obrigada a largar os estudos para trabalhar, ainda quando aprendia as primeiras letras M.A.R.I.A.

Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos, envelhece.

Assim segue a vida de uma família marcada pelo desconhecido ou pelo "medo", talvez, que passa de geração para geração.

"VIDA MARIA" é um projeto premiado no "3o. PRÊMIO CEARÁ DE CINEMA E VÍDEO", realizado pelo Governo do Estado do Ceará. Entre outras dezenas de premiações e citações.

Com direção de Márcio Ramos, o curta-metragem, produzido em computação gráfica 3D e finalizado em 35mm, mostra personagens e cenários modelados com texturas e cores pesquisadas e capturadas no Sertão Cearense, no Nordeste do Brasil, criando uma atmosfera realista e humanizada.

Confira o vídeo:



Quem puder locar para assistir o vídeo completo, de 8min, nunca mais será a mesma Maria.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Carta ao meu querido irmão pelo seu aniversário de 21 anos

Hoje estou FELIZ.

Você, meu querido irmão, Juliano Fachini, celebra 21 anos de vida.

Uma celebração Feliz. Uma celebração da Vida, do Milagre Divino.

Há um ano você estava na cama de um hospital, recém havia saído do coma.
Grandes amigos, família e momentos =)

Estávamos ao seu lado, o pai e eu. Combinamos de não falar nada do aniversário, pois você poderia ficar triste. Sabíamos que você aguardava uma festa, um bolo, um parabéns ao som de aplausos amigáveis e músicas animadas.

Durante o horário de visitas, a mãe, a Kati, os familiares e amigos entraram no quarto para vê-lo. Ninguém cantou e nem te deu os parabéns, apenas abraços e um “felicidades” sussurrado em pensamentos.

Ao anoitecer, sem lembrar, meu pai deixou escapar sobre seu aniversário. E você ouviu.

Quis os parabéns.
Queria que cantássemos.
Cantamos.

No quarto do hospital com você mal dando sinais de recuperação, cantamos baixinhos os parabéns. A música que nos fez chorar. Fez o pai lacrimejar mais uma vez nesses longos dias de sua recuperação.

Mas você queria mais.
- As enfermeiras? – perguntei.
 - SIM.
Você fazia sinal com a mão que era pra elas cantarem também. E elas cantaram conosco, baixinho, novamente os parabéns.

Depois pelo celular lembro que você falou, ouviu na verdade, mais algumas pessoas e assim teve uma singela festa de aniversário. E, como presente, alguns dias mais tarde a tão esperada “alta”, mesmo com longos dias e meses de recuperação em casa.

Mas era em casa. Tudo parecia mais fácil, apesar de trabalhoso.

Hoje, 10 de fevereiro de 2011, celebramos seu aniversário Juliano, com a maior alegria do mundo.

Sabemos que é um vencedor.
Batalhador.
Exemplo de superação, carinho e amor.
Amizade, compaixão e Luz.

Que neste 2011 Deus se manifeste em sua vida sempre que precisar, como no dia em que colocou a Mão sobre seu peito e lhe concedeu o Dom da Vida.

Te Amo Juliano, meu irmão e amigo do peito.
Parabéns!

Do seu irmão Fabiano Fachini.
10 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Teatro para lavar a alma

O dia a dia do trabalho… a rotina… as horas que somem entre os dedos... e os minutos e segundos que se vão levados pelas inundações das chuvas... a vida... a vida passa e nem nos damos conta.
Quantas vezes paramos pra sorrir? Para dar aquela gargalhada que “lava a alma”???
Cláudio Cunha & Rosi Venturini 
É... às vezes nem mesmo as férias, a cama ou o edredom são suficientes.
Mas o teatro, esse sim... O Grande e imponente TEATRO é a salvação.
Uma peça de teatro ajuda a descarregar as energias negativas e a repor as positivas.
Sério! É a medida da pedida certa.
Pode confiar.
Na última semana fui ver a peça que tem um personagem (o analista de Bagé), que há mais de 25 anos continua em cena... “O analista e a sexóloga de Bagé”.
Muitos risos. Gargalhadas de dar dor no abdômen e nas mandíbulas...
Uma série de velhas piadas numa nova roupagem. Valeu a pena.
Saí mais leve, mais de bem com a vida e comigo mesmo.
Quer começar bem a semana ou terminar em alto astral? Vá ao teatro!
Se você for de Campinas – SP, melhor ainda: Campanha pela Popularização do Teatro (d+). Ah... Quem mais saiu diferente após o teatro foi a MissCarolFiry... 

Estou no @FalaGuri ou no facebook

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Um final de ano em família...

Sair de casa cedo. Ficar longe. Aprender com o mundo. Sentir o preço da liberdade. Ter conquistas e derrotas. Fazer novos amigos. Enfrentar desafios... longe da família parecem mais difíceis.

Alimentar diariamente o sonho de rever os pais e estar com a família todos os dias é algo que nos machuca, mas nos faz ser fortes.

Nessa virada de ano deixo em família um 2010 marcado por uma grande tristeza e uma alegria maior ainda, por um 2011 de expectativas.

Um 2010 que parecia tudo bem, até meu irmão sofrer um atropelamento, passar dias em coma na UTI, melhorar, ir para o quarto do hospital em observação e, mais longo dias e outros tantos longos e angustiantes dias de recuperação sob olhares desacreditados de médicos(1) irônicos, arrogantes e cínicos de Chapecó - SC, tanto quanto seu alto padrão de vida lhe pode conceder (em alguns casos, pois pelo caminho os bons ainda são destaques, como os de Caxambú do Sul – SC que atenderam antes e depois meu irmão – e claro de outras cidades do país e do mundo). 

Numa oração em família, entregamos nas mãos do Senhor Jesus nosso irmão e filho Juliano. Rezamos por um Milagre e Ele foi concedido. A recuperação foi perfeita, sequelas não ficaram mesmo após ter passado por traumatismo craniano, coágulos na cabeça, inchaço do cérebro, fratura exposta... Enfim, o Milagre nos foi concedido.

O Senhor Agiu com sua Mão Misericordiosa e devolveu a vida ao meu querido e amado irmão.
Fechamos 2010 com a benção Divina. Nada como a Ação do Senhor para nos fazer sentir o Dom da Vida se fortificar em nossos corações.

Alguns detalhes da recuperação do Juliano estão em andamento, mas nada como ter a vida de volta a pulsar nas veias e bater forte no coração de todos à sua volta.

E assim chegou 2011... reunidos em família para celebrar as graças alcançadas e pedir por um 2011 abençoado.

Em casa, com meus pais e irmãos, mesmo que por poucos dias, mas eu estava lá. E logo outros dias virão e outros dias passaremos juntos, enquanto de longe alimentamos a saudade.

Feliz 2011 a todos. Que seja uma no de graça e luz. Amém.

***
Obs: o caso do atendimento dos médicos de Chapecó - SC merece um capítulo a parte, que está em andamento com boas, ótimas informações do descaso e desrespeito que não é mencionado pela GRANDE/pequena Imprensa do Oeste Catarinense. Falar do ladrão de milho eles falam, mas dos médicos que não estão nem aí para as vidas das pessoas eles não são capazes.