Acontece comigo no ônibus...
Fones e música alta. Ônibus pára na garagem para abastecer, repor água, calibrar pneus... é prevenção. Mas é também essa é a palavra que uma senhora de 60 e poucos anos de estrada deveria usar.
Prevenção, prevenir, precaução...
Ao usar o banheiro do ônibus é necessário, além de fechar a porta, travar a fechadura. Um mecanismo simples, mas muito eficiente.
Fazer xixi, ou melhor, fazer qualquer coisa com o ônibus andando é complicado.
Pensando nisso, acredito eu, a senhorinha resolveu usar o banheiro naquele momento em que o ônibus estava parado. Facilitaria fazer o número um ou até mesmo o dois, se o fosse.
Levanto da minha tranquilidade para ir ao banheiro, pois antes de começar a pequena viagem de 20h eu já havia pensado em ir, mas acabou deixando par amais tarde.
Levanto. Caminho em direção ao banheiro. Luz de “ocupado” desligada e porta levemente encostada.
Puxo.
Abro.
Fecho.
Suspiro.
Não deveria ter feito isso.
Caramba!
Uma mulher agachada. Pior, uma senhorinha agachada. Nua. Com calças na canela e calcinha no joelho.
Um segundo.
Uma foto.
Um flash.
Um piscar de olhos e fechei a porta. Fechei o mais rápido do que abri.
Um reflexo.
Olhei para os lados e apenas um rapaz parece ter visto a cena, porém não mudou a expressão do rosto, o que me fez crer que apenas acordou com a batida da porta e voltou a dormir.
Já eu sentei. Havia dois lugares vagos e aproveitei para me recompor. Era preciso.
Aguardei uns instantes e a senhora saiu do banheiro. Convicta, não olhou para trás, mas deve ter procurado o abridor de portas de banheiro. Pior, eu era o único de camiseta amarela no ônibus.
Tomara que ela tenha ficado é amarela de susto, e esquecido da cor da minha camiseta.
Oras! Mas quem mandou não travar a porta?
O mecanismo é simples, como disse. Basta girar a trava. Uma trava apenas. Inclusive é essa mesma trava que liga a luz. Concluindo, assim, que além de fazer as necessidades com a porta aberta, ela estava no escuro. E graças a eu ter aberto a porta a luz ficou novamente acesa.
Por isso dois conselhos: trave a porta do banheiro, seja do ônibus, do avião, no trabalho, em casa, no churrasco... e, é claro, coloque em prática a palavrinha prevenção.
***Acontece comigo no ônibus. Em breve mais histórias
Este Blog procura retratar o cotidiano por meio de textos que buscam uma aproximação com as chamadas crônicas, tendo em vista o grande dilema que há em relação a este estilo, seja ele do jornalismo ou da literatura. Estas crônicas são criadas a partir de fatos e observações presenciadas ou vividas no dia-a-dia pelas mais variadas pessoas que perambulam pelas praças, ruas, avenidas, lugarejos, cidadelas, ônibus, bares, jardins... Ora visíveis e outras muitas invisíveis. Boa leitura!
Seja bem-vindo ao FalaGuri. Boa leitura amigo internauta. Hoje é
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Anjo, realmente é complicado... principalmente se não nos habituamos a fazer isso em casa. Rsrsrsrs... Mais ainda bem q foi uma senhorinha, podia ter sido BEM pior!!!
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