Juliano, em busca de seu sonho
Os olhos brilharam diante da vitrine, mas logo ficaram embaçados. Arrastando os chinelos, Juliano seguiu para casa a passos lentos. Pelo caminho, os pensamentos tropeçavam uns nos outros, esbarravam-se pelas esquinas da dúvida.
- O que faço da vida? Já sei, preciso arrumar um emprego para trabalhar com computadores.
Pensava alto o jovem guri enquanto abria o portão de casa, preso de um lado a um barrote de madeira e, do outro, nos tijolos lascados do muro do vizinho. As condições da casa e da família não possibilitavam a compra do computador que estava à mostra na vitrine que Juliano olhava todas as manhãs, enquanto ia a caminho do farol, onde fazia malabarismo.
Sabia decór e salteado os detalhes da máquina e os programas instalados, pois leu no folder distribuído aos pedestres. Naquele computador, Juliano seria capaz de “trabalhar de olhos fechados”, como brincava com o amigo da banca de jornal. Chico, o amigo do peito, havia ensinado o básico sobre informática para Juliano. Na banca, em meio a jornais e revistas especializadas, ele aprendeu a ter gosto pela tecnologia.
Decidido do caminho que queria seguir, comunicou os pais durante o jantar, enquanto agradecia os alimentos à mesa.
Mais cedo do que de costume, Juliano estava em pé. A benção da mãe o iluminou para um novo dia de trabalho, com novos propósitos.
- Bom dia Chico. Quero um emprego em informática.
Chico botou-se a rir.
- Meu jovem, as coisas não são assim.
Juliano, com os pensamentos atropelados, explicou que a qualquer custo iria conseguir um emprego em informática. Só não sabia por onde começar.
Já que você quer tanto, a primeira coisa que você deve fazer é um currículo, simples, objetivo e bunito. Senta aí que vamos fazer agora.
Ao lado de Chico, Juliano passava as informações que o amigo pedia. Ao mesmo tempo, imaginava-se em uma grande empresa de informática, montando computadores, fazendo atualizações e instalando placas e chips.
- O seu currículo está pronto. Amanhã vamos fazer as cópias.
Foi com essas palavras que Chico despediu-se. Porém, com sorriso no rosto e pouca fé na sorte do rapaz, uma vez que Juliano teve muitas experiências profissionais. Até o momento, vivia de “bicos”, nada muito sério.
Juliano foi para casa de mãos vazias, mas com o coração cheio de esperanças. Na mente, a expectativa de encontrar o amigo na manhã seguinte com as cópias do currículo.
Em casa, Juliano deitou e lembrou-se da volta para casa, quando parou mais uma vez em frente à vitrine e disse em voz baixa:
- Eu ainda compro esse computador.
Os sonhos foram embalados com a expectativa de como seria distribuir currículos. Afinal, Juliano nunca fez isso.
- O que faço da vida? Já sei, preciso arrumar um emprego para trabalhar com computadores.
Pensava alto o jovem guri enquanto abria o portão de casa, preso de um lado a um barrote de madeira e, do outro, nos tijolos lascados do muro do vizinho. As condições da casa e da família não possibilitavam a compra do computador que estava à mostra na vitrine que Juliano olhava todas as manhãs, enquanto ia a caminho do farol, onde fazia malabarismo.
Sabia decór e salteado os detalhes da máquina e os programas instalados, pois leu no folder distribuído aos pedestres. Naquele computador, Juliano seria capaz de “trabalhar de olhos fechados”, como brincava com o amigo da banca de jornal. Chico, o amigo do peito, havia ensinado o básico sobre informática para Juliano. Na banca, em meio a jornais e revistas especializadas, ele aprendeu a ter gosto pela tecnologia.
Decidido do caminho que queria seguir, comunicou os pais durante o jantar, enquanto agradecia os alimentos à mesa.
Mais cedo do que de costume, Juliano estava em pé. A benção da mãe o iluminou para um novo dia de trabalho, com novos propósitos.
- Bom dia Chico. Quero um emprego em informática.
Chico botou-se a rir.
- Meu jovem, as coisas não são assim.
Juliano, com os pensamentos atropelados, explicou que a qualquer custo iria conseguir um emprego em informática. Só não sabia por onde começar.
Já que você quer tanto, a primeira coisa que você deve fazer é um currículo, simples, objetivo e bunito. Senta aí que vamos fazer agora.
Ao lado de Chico, Juliano passava as informações que o amigo pedia. Ao mesmo tempo, imaginava-se em uma grande empresa de informática, montando computadores, fazendo atualizações e instalando placas e chips.
- O seu currículo está pronto. Amanhã vamos fazer as cópias.
Foi com essas palavras que Chico despediu-se. Porém, com sorriso no rosto e pouca fé na sorte do rapaz, uma vez que Juliano teve muitas experiências profissionais. Até o momento, vivia de “bicos”, nada muito sério.
Juliano foi para casa de mãos vazias, mas com o coração cheio de esperanças. Na mente, a expectativa de encontrar o amigo na manhã seguinte com as cópias do currículo.
Em casa, Juliano deitou e lembrou-se da volta para casa, quando parou mais uma vez em frente à vitrine e disse em voz baixa:
- Eu ainda compro esse computador.
Os sonhos foram embalados com a expectativa de como seria distribuir currículos. Afinal, Juliano nunca fez isso.
Continua na próxima edição...
(Texto publicado na revista "Empregos e Empregados", de Agosto de 2008. Acesse o Cap.2. Aqui)
fABIANO fACHINI
Eeei... cadê o capítulo 2? :(
ResponderExcluirAdorei a forma como vc escreveu, o começoestá genial! Foi baseado em alguma entrevista? Se bem que não é preciso de um personagem fixo, afinal, existem muitos Julianos sonhando pelo Brasil a fora. Quero saber como continua!!
Beijos
:*
oieee
ResponderExcluirobrigado,,,,q bom q gostou da crônica..
logo, logo virá mais...
bj Melissa
gracias
Bacana, Fachinão!
ResponderExcluirTexto muito bem escrito
Sacanagem sua dividir o texto, mas firmeza!
hahahahahahaha
To curioso agora
abraços, cara!
Ae Fachini....
ResponderExcluirMuito bom o texto....
Parabéns...
Dá até para publicar esse texto!!!
Está no estilo daquela revista, a Empregos & Empregados! Conheçe?!?!
Bom... é isso aí...
parabéns e até!
Bruno Gãmbaro
Adorei!!!
ResponderExcluirMuitooo bem escrito! ;-)
beijos!!!!