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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quase

Estava quase começando uma crônica. Disse quase.
O quase que me fez parar por um momento.
Na mais utilizada ferramenta de pesquisa, o famoso Google, digitei o quase. Entre as quase dezenas de milhares de páginas, uma delas me levou ao “Quase” de Luis Veríssimo.
O escritor destaca, entre as brincadeiras de palavras tornadas frases, que “ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase”. Concordo.
O quase atrapalha. Que quase faz, na verdade não faz. Quem quase morre, não morre. Mulher quase grávida, não está grávida. Quem quase é homem, não é homem. Quem quase sacia a fome, se mantém faminto. Quem quase sorri, continua triste. Quem quase lê o jornal, não sabe as notícias.
Então, quase terminei a crônica.
Quem quase termina, não termina, mas quase termina.

3 comentários:

  1. Fala quase macho!!!!

    Muito bom os textos. Me lembrei de outra expressão que me enche. Quando alguém diz, "sim, não" ou "não, sim" para começar argumentar algo que você acabou de dizer. Ou é não ou é sim!!!!

    Abraços e até

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  2. Ah...deixa o quase vai. Acho que o quase é muito subestimado. Quase significa que, no mínimo, você tentou. Um quase beijo é melhor ou pior do que beijo nenhum? Hmmmm...

    É discutível.
    Abs.

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  3. valeu Bruno!!!!

    João, realmente esta questão não tinha ensado...
    mas cno fim das contas, quem quase beijou, não beijou!..foi embora de mãos vazias, digo, de lábios secos..rsrs

    abraços e obrigado pela participação amigos

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